Participei, no passado dia 16 de Março, a convite do
Desportivo Clube das Piçarras, numa iniciativa acerca de um dos temas a que
tenho dedicado mais linhas: o Associativismo.
A iniciativa, além de se propor a refletir sobre o
estado atual das coletividades, que ao longo de tantos anos têm contribuído
para que a nossa sociedade possa ser a cada dia melhor, permitiu ainda efetuar
o lançamento do livro “Manuel do
Dirigente Associativo”, de autoria de Maria João Santos e Sérgio Pratas,
ambos presentes na sessão promovida por aquela Associação Vendasnovenses.
Consegui, neste dia e finalmente, que alguém (mais
especializado na matéria) me quantificasse a verdadeira expressão deste verdadeiro
exército de estóicos dirigentes que diariamente fazem acontecer pequenos
milagres que enriquecem em cada momento as suas terras: 45.000 dirigentes associativos.
Este é o espantoso número de portugueses que todos os
dias se dedicam à comunidade, às suas terras e a melhorar um pouco mais a vida
dos outros.
Perante tais números que muito representam certamente
para a economia do nosso País, mas também para as economias locais, foi ainda possível
compreender o verdadeiro produto do seu trabalho, quantificando-o nos muitos milhares
de horas de dedicação às suas múltiplas causas.
Na referida ação tive ainda a oportunidade de salientar
aquilo que de mais valioso tem para mim esta máquina orgânica: o enorme
contributo de manter vivas as povoações e ativas as populações e o de concorrer
para o desenvolvimento desportivo, cultural, educativo, mas também social das
comunidades.
Como já defendi em artigos anteriores, as Câmaras
Municipais devem, neste momento particularmente difícil da vida comunitária, apoiar
ainda mais o associativismo, tornando claras, de uma vez por todas, as prioridades
dos Municípios.
Ao contrário do que alguns políticos da nossa praça
querem fazer crer quando anunciam os milhares de euros atribuídos anualmente às
associações, não é um favor que as Câmaras Municipais fazem ao atribuir essas verbas.
Esta é sim a sua obrigação. Apoiar aqueles que
realmente fazem bem o seu trabalho. Apoiar quem mais bem conhece a realidade
das pessoas no seu contexto vivencial.
A isto chama-se justiça institucional. A isto chama-se
eficiência comunitária. A isto chamam os antigos de bom senso!
No fundo, o
Associativismo é uma das melhores e mais completas formas de a Sociedade se
reinventar continuamente, pelo que investir nas coletividades é investir
nas pessoas, no seu bem-estar e na promoção de uma vida saudável.
Deixo
aqui um grande agradecimento ao Desportivo Clube das Piçarras (na pessoa do
Tiago Aldeias) pela enorme iniciativa que conseguiram desenvolver e que, quer
pela sua pertinência no atual contexto, quer pelo pragmatismo da sua organização,
merecem este meu reconhecimento.
Sem comentários:
Enviar um comentário