quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Passadeiras (In)Seguras


Exemplo de possível ilunimação/sinalização de passadeiras
Em Vendas Novas começa a tornar-se preocupante o número de atropelamentos registados nas passadeiras, sobretudo na Avenida da República, onde até já morreram vendasnovenses.
Tal facto é estranho quando a segurança dos cidadãos é, por excelência, uma das matérias a que qualquer administração pública, seja de nível nacional, regional ou local, deve e tem a obrigação de desenvolver.
Este foi um dos grandes incrementos civilizacionais das Sociedades modernas, e tem sido, felizmente, desenvolvido e consolidado no nosso País.
Neste sentido, todos os esforços devem ser empenhados para conseguirmos viver seguros nas nossas ruas, nos nossos bairros, cidades. No meu ponto de vista, da segurança depende a própria Liberdade, pois só seremos realmente livres quando a segurança nos garanta essa própria condição.
Em Vendas Novas, de há alguns anos a esta parte (e tal como em muitos concelhos de semelhante dimensão e geometria), têm vindo a ser registados problemas graves em matéria de segurança rodoviária, tendo mesmo vários cidadãos sido vitimados no nosso Concelho. Este problema prende-se com a falta de segurança nas passadeiras para peões.
De facto, também noutros concelhos este é um problema que afecta o normal ritmo de vida das pessoas. No entanto, enquanto nesses concelhos se tem tentado encontrar solução para este problema, em Vendas Novas nada se tem feito na matéria.
Assim, deixo aqui algumas sugestões já apresentadas por mim em local próprio, sem que alguma coisa tenha sido desenvolvida:
  1. Repintar as actuais passadeiras uma vez que, em alguns pontos do nosso concelho, as actuais se encontram em mau estado de conservação, ao ponto de muitas vezes nem serem detectadas pelos condutores;
  2. Recolocar e rever a sinalização que indica a proximidade e a localização das passadeiras, recorrendo, se necessário, a melhores materiais reflectores ou mesmo luminosos para o efeito;
  3. Iluminar as passadeiras existentes nas vias com mais movimento do concelho, de modo a que, durante a noite, quer a passadeira, quer os peões que nelas circulam, possam ser vistos.
Para este efeito, existem já vários processos técnicos disponíveis e em utilização em muitas cidades portuguesas. Desde os modernos candeeiros com foco de incidência nas passadeiras, à colocação de leds luminosos no próprio alcatrão (alimentando-os com energia solar para que pisquem aquando da proximidade de um veículo durante o período nocturno) ou mesmo à utilização de tintas reflectoras sobre o alcatrão, muitas são os procedimentos disponíveis para resolver um problema grave e que exige resolução rápida.
Estou certo que, numa questão que implica a segurança dos cidadãos de Vendas Novas, ninguém poderá alegar falta de meios para a execução de procedimentos que venham a resolver o problema, pelo que desejo que, logo após as férias, o executivo municipal resolva este tão sério problema.

As prioridades estratégicas de desenvolvimento do nosso Município podem ter muitas visões, abordagens e mesmo ideologias subjacentes, mas todas elas só devem ser pensadas e estruturadas depois der garantida a preciosa segurança dos habitantes de Vendas Novas.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Olhares de Verão em Vendas Novas

Nas últimas semanas, e com muitos vendasnovenses já de férias, foram notícia 2 acontecimentos sobre os quais gostaria de partilhar algumas reflexões com os leitores deste espaço:

1. Reabriu no passado dia 23 de Julho a Linha Férrea do Alentejo:
Após vários meses de trabalho ao longo do troço entre Bombel e Évora, numa obra para melhorar e transformar o transporte ferroviário alentejano, proporcionando outras condições de conforto aos utentes deste serviço e uma maior eficiência na gestão de recursos, a verdade é que finalmente voltamos a ter um dos mais antigos e importantes serviços do nosso concelho: o comboio.
Num Concelho totalmente atravessado pela linha ferroviária, linha que no passado entrava fábricas dentro para transportar as matérias manufacturadas em Vendas Novas para vários pontos do País e estrangeiro, linha na qual trabalharam e/ou trabalham centenas de Vendasnovenses, esta é uma infra-estrutura ligada à própria história de Vendas Novas.
Assim, é compreensível a obra e o investimento foi feito na Linha do Alentejo, uma vez que necessitava de ser modernizada, melhorada e oferecer um melhor serviço aos seus utilizadores. Só a título de exemplo, Évora está agora a 24 minutos de Vendas Novas, em vez dos quase 40 minutos do passado!
No entanto, nem tudo foi bom neste projecto. Se tivermos uma visão suficientemente crítica sobre este assunto, teremos que reconhecer que a obra efectuada no Largo 5 de Outubro é um mau serviço.
Dos cerca de 20 lugares de estacionamento de que dispunha o antigo largo, agora apenas 8 sortudos poderão parquear nesta zona, vindo esta solução sobrecarregar de estacionamentos a rua da Escola Prática de Artilharia, em mais um atentado à circulação em Vendas Novas.
Pior que isto só o facto de uma carrinha ou autocarro não conseguir dar a volta neste novo largo. De um espaço amplo que era o LARGO 5 de Outubro, passamos a ter um espaço ordenadamente espartilhado, menos funcional, e menos ao serviço da população.
 
2. Ocorreram ainda as Festas de Landeira 2011:

No mesmo fim-de-semana em que reabria a linha férrea em Vendas Novas ocorriam as Festas de Landeira 2011.
Destaco este acontecimento porque me apercebi da importância que tem para a Freguesia rural do nosso Concelho e para as suas gentes. Quando chega o Verão, chegam em sintonia e simbiose os emigrantes e as Festas de Aldeia. De facto, assim é!
Em Landeira não foi diferente e num misto de envolvimento popular, que permite àquelas pessoas o reconhecimento da sua identidade colectiva, enquanto Landeirenses, mas também a construção de uma consciência e sentimento de pertença a um espaço onde vivem, onde trabalham, onde constituíram família, ou onde simplesmente nasceram e são felizes.
Este é o factor mais importante que têm estas festas e que devemos louvar publicamente.
Louvar a comissão de festas e as pessoas e instituições que a compõem pois bem poderiam ir de férias sem stress ou sem trabalhos extra, mas que preferem trabalhar (e trabalhar arduamente) para que as coisas aconteçam.
Louvar estas pessoas e reconhecer o seu trabalho é também louvar a própria terra que acabam por ir construindo. Mesmo que os apoios, que até há 3 anos eram normais, agora praticamente não existam, sobretudo da parte de instituições com tantas responsabilidades Municipais.
Viver as Festas na Landeira este ano foi para mim a prova de que podemos fazer umas boas festas com pouco dinheiro. Segundo informação da Comissão de Festas, com 3 mil euros se fez uma festa com 3 dias de música, baile, convívio, boa comida, bons amigos e sobretudo muita alegria.
Bem hajam os Landeirenses pelo seu esforço e união!