quinta-feira, 28 de junho de 2012

Por cada sorriso!


Nas crianças vislumbramos alegria, esperança e um pequeno sorriso do que será o Futuro.

É assim que gosto de definir cada um desses magníficos seres que nos alimentam as esperanças de um futuro mais promissor: as crianças.
Por essa magia que comportam todas as crianças, é obrigação cívica que todos as ajudemos, nas nossas esferas de ação, a conseguir sorrir e a serem obrigatoriamente felizes.
É neste espírito de missão que hoje partilho convosco uma história que conheci há bem pouco tempo e que me tocou de tal forma que não lhe pude ficar indiferente. Estou certo que acabará por tocar todo e cada leitor do nosso jornal que perceba o que realmente está em causa na história da pequena Beatriz!
A pequena Beatriz é vendasnovense. Tem apenas 6 anos, e é portadora de uma rara doença neurológica crónica. Infelizmente, embora seja seguida por diversos especialistas na área, ainda não existe um diagnóstico conclusivo para o seu caso.
A opinião dos médicos é unânime: o mais importante para a “Bi” é que se continue a trabalhar e ser tratada, no sentido de se reabilitar e garantir que outras dificuldades não se venham a desenvolver.
Esta nossa pequena conterrânea, apesar de forte e lutadora tal como a apresenta orgulhosamente a mãe, está totalmente dependente, necessitando de terapia intensiva para que sejam criadas as condições que favoreçam o seu desenvolvimento, reforçando as capacidades e competências educativas, para que consiga no futuro ser o mais autónoma possível, ter uma vida tranquila e dentro dos parâmetros ditos normais.
No fundo a Beatriz precisa deste apoio especializado para ser única e simplesmente feliz!
Infelizmente os tratamentos para situações como as da Bi são extremamente caros, pelo que, para uma Sociedade que se diz evoluída, fraterna e justa (como a nossa), mais do que frustrante, é lamentavelmente triste pensar que a possibilidade de melhorias da Beatriz está limitada a dificuldades económicas dos seus pais, familiares e amigos.
Para que possamos ter uma ideia, o valor aproximado dos tratamentos passa os 20.000,00€. Sem estes tratamentos as suas possibilidades de poder ter uma vida melhor serão em muito reduzidas, bem como os da sua família.
Através de casos como os da Beatriz, com que infelizmente nos vimos diariamente confrontados, lembramos o quão fracos somos, enquanto seres humanos, quando nos bate à porta uma realidade do que só aos outros pensávamos acontecer.
É neste sentido que solicito a ajuda de todos, para que a nossa conterrânea Beatriz continue a sorrir e a ter uma vida digna! 
Cabe-nos a nós, dentro das nossas possibilidades, individualmente ou coletivamente, ajudar a pequena Beatriz, a sua família, os seus amigos. Esta será, não duvido, uma ajuda que daremos à nossa Sociedade para que seja cada vez mais como a entendo: justa e solidária.

Quem puder contribuir pode fazê-lo transferindo o seu apoio para a seguinte conta:
NIB: 0018 0003 30303333020 33 - Banco Santander Totta

Visite o facebook de "Juntos pela Bi".

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Novas Oportunidades: Indefinição e/ou retrocesso


Mudam-se os tempos mudam-se as vontades!

Esta é a sabedoria da cultura popular portuguesa, mas este é também, na minha modesta opinião, um dos principais motivos do atraso do nosso País. É caso para dizer: Mudam-se os Governos, mudam-se as políticas! Tenham sido boas ou más, tudo acaba e começa do zero.
É também nesta incapacidade para discernir e selecionar, nesta falta de coragem para dar continuidade ao que de bem feito foi desenvolvido por outros que reside o atraso estrutural de Portugal. Gostava pois de vos dar um exemplo que me é caro: O Programa Novas Oportunidades.
Recentemente este programa foi alvo de avaliação pelo Governo português e foi decidido que este seria um Programa para extinguir. Os motivos apontados estão sobretudo relacionados com a incapacidade para melhorar a empregabilidade dos candidatos que frequentam o programa.
Não posso pois de deixar de lamentar uma tão grande falta de rigor técnico nesta análise uma vez que, como todos sabemos, com a crise que atravessamos; com as medidas recessivas que têm sido adotadas; com a incapacidade da economia para criar empregos, nenhum programa que tivesse antes o objetivo de promover e melhorar a empregabilidade dos cidadãos, teria hoje sucesso nesta matéria.
A título de exemplo, gostava que o Governo Português comparasse por exemplo este mesmo vetor (relação entre a qualificação e a empregabilidade) nas Universidades Portuguesas nos dias de hoje. Não será também esta empregabilidade afetada pelos condicionalismos que enumerei atrás? Claramente que sim.
Porque não equaciona o Governo mandar encerrar algumas universidades? Claro que a resposta é “porque não o pode fazer”. Porque as universidades servem para mais do que garantir melhores condições de empregabilidade, assim como o Programa Novas Oportunidades.
Na realidade, e na minha opinião, o motivo do encerramento e destruição das Novas Oportunidades está na política e na incapacidade deste Governo em conviver com as grandes bandeiras do Governo anterior, como sejam os casos do Magalhães e do Choque Tecnológico.
Assim, este encerramento, motivado sim por razões políticas e económicas, terá um impacto direto na vida dos formandos e terá como única alternativa o célebre Ensino Recorrente.
Um sistema alternativo de ensino, abandonado no passado pelas suas enormes taxas de abandono, poderá vir agora dar resposta às expectativas dos portugueses para se realizarem e continuarem a qualificar-se? Sinceramente acho que não e entendo que este será um retrocesso motivado pela indefinição política que agora vivemos.
Mais recentemente foi admitido por alguns responsáveis políticos a possibilidade de continuação do RVCC – Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências – o que me leva a crer que não sabemos bem o rumo que seguimos e que andamos mais ou menos ao sabor do vento. Tal situação não nos poderá levar a bom porto!
Concluindo:
  • Uma iniciativa exemplo que realizou sonhos a milhares de portugueses que na sua infância não puderam estudar;
  • Uma Iniciativa que se tornou num exemplo seguido por múltiplos países da OCDE;
  • Que tem falhas identificadas a corrigir, mas que se materializa em enormes mais-valias para as pessoas que dela usufruem;
  • Que inovava por sermos dos únicos Países a certificar “Competências” em toda a Europa, daí o facto de sermos um exemplo a seguir.
É um exemplo que em Portugal é desvalorizado, espezinhado e excluído no contexto de uma política de indefinição e retrocesso que não olha, cuida e constrói para as pessoas que serve, mas que cada vez mais se serve das pessoas.