sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Unidade de Cuidados na Comunidade em Vendas Novas

Foi inaugurada, no passado dia 21 de Julho, no Centro de Saúde de Vendas Novas, uma nova Unidade de Cuidados na Comunidade, numa sessão presidida pelo Secretário de Estado da Saúde, Dr. Manuel Pizarro.

Depois da inauguração do Laboratório de Análises Clínicas, de uma Unidade de Fisioterapia, mas sobretudo, depois de inaugurada a Unidade de Imagiologia (correntemente apelidada de Raio-X), o nosso Centro de Saúde conta agora com mais uma estrutura que procurará levar a saúde aos cidadãos: a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC).

Esta unidade prestará serviço a cerca de 11.619 cidadãos vendasnovenses e contará com uma equipa multidisciplinar, constituída por Médicos, Enfermeiros, Fisioterapeutas, Nutricionistas, Técnicos de Serviço Social e Higienista Oral, sendo coordenada pela Enfermeira Faustina Caeiro.

Muito embora parte destes serviços já se desenvolvessem em Vendas Novas há algum tempo, é graças a esta equipa de profissionais de saúde do nosso Concelho que poderemos agora dispor de um serviço organizado e coordenado, com uma oferta multifacetada.

Na UCC de Vendas Novas, e segundo a candidatura aprovada pelo Ministério da Saúde, existem já programas na área da protecção e promoção da saúde, na prevenção de doenças na comunidade, mas também vários projectos de intervenção com pessoas, famílias e grupos mais vulneráveis.

Destacamos os seguintes projectos a cargo desta equipa:
• “Preparação para o Nascimento e Parentalidade”;
• “Saúde Escolar”;
• “Pé Diabético”;
• “Gabinete de Atendimento ao Adolescente”;
• “Idosos em Movimento”;
• “Visitar para Melhor Cuidar”.

Eis mais um importante passo para afirmar o Sistema Nacional de Saúde, para provar que o Serviço Público pode e deve ter a mesma qualidade que o privado (sendo que por vezes tem mais) e, por último, a prova evidente de que Vendas Novas tem profissionais de saúde motivados e empenhados na melhoria dos cuidados de saúde aos seus concidadãos.

Alguém que nos puxe para cima…

Foi recentemente notícia a intervenção do Sr. Presidente da República Portuguesa em que indicava que o país se encontra “numa situação económica insustentável” e em que traçou um cenário negro para o nosso país.

Outra notícia relacionada com o nosso Presidente deu-nos conta da sua ausência do funeral do único Nobel da Literatura Português, o escritor José Saramago, por se encontrar de férias com os seus netos.

Nestas 2 situações sai o Presidente Cavaco mal na fotografia:

1. Num momento em que todos os mercados, sobretudo os externos olham para Portugal com bastante desconfiança, como acontece aliás com a quase totalidade da economia europeia é impensável que um dos órgãos máximos da nossa soberania nos puxe ainda mais para baixo.

De facto, e na minha opinião, o que necessitamos é de pessoas que nos puxem para cima e que, de facto, acreditem no nosso país, sendo de uma inutilidade total as intervenções “banais” (permitam-me citar Saramago acerca do nosso Presidente) sobre a nossa economia.

De que servem as intervenções alarmistas do Presidente Português? Que investimentos cativam este tipo de comentários? Quantos empregos criam? No fundo, em que medida estamos a ajudar o nosso país puxando-o ainda mais para baixo?

2. Em relação a Saramago. Pode o Sr. Presidente não gostar do homem, pode eventualmente nem gostar da sua escrita. O que não pode é ignorar uma das maiores figuras da Literatura Portuguesa.

Não podemos esquecer que Saramago morreu, mas que a sua obra permanecerá para sempre na História Literária do nosso povo.

Não comparecer ao seu funeral foi uma tremenda falta de respeito para com a sua pessoa, mas sobretudo para com o povo português. Será que as suas férias valem mais que um Nobel?

Acredito que o nosso país terá garra para sair desta crise, tal como acredito que Saramago, com tudo o que tinha de bom e de mau nunca será esquecido pelos portugueses.

Acredito que o tempo nos permitirá avaliarmos as acções de todos os mais altos cargos da nossa nação e que, se a ética não nos permitir distinguir entre o bem e o mal, o Povo, no momento da sua escolha livre e democrática, o saberá fazer.

Incêndios Florestais

“O tempo está mudado.” Palavras sábias as do meu avô, ao constatar a atípica pluviosidade que se tem feito sentir nos últimos meses e que, apesar de estarmos no mês de Junho, ainda não nos deixou.

Este facto poderia fazer-nos pensar em tudo o que de bom a água significa, mas, por outro lado, e no que a Incêndios Florestais diz respeito, esta pluviosidade significa um enorme sobressalto para Bombeiros, proprietários e restantes entidades responsáveis pela Protecção Civil do nosso país.

Na verdade, com a intensa queda de água ao longo de grandes períodos de tempo o desenvolvimento de ervas e matos foi igualmente grande o que, com os primeiros calores levará à sua secagem rápida e a um aumento do risco dos Incêndios Florestais.

Deste modo, gostaria de reflectir com os leitores da Gazeta sobre cada um dos três pilares de preparação para a época de combate aos incêndios: Prevenção; Fiscalização e Combate.

Prevenção: Esta fase, intemporal, da época de combate a incêndios decorre à frente das outras duas e será tão fulcral quanto incisivos forem os seus frutos. Com análise que acima fizemos, torna-se evidente que só com os trabalhos preventivos de corte de ervas e limpeza de terrenos agrícolas poderemos minimizar os danos dos incêndios no nosso concelho.

Aqui assumem particular destaque várias entidades, com responsabilidades directas na matéria:

• Proprietários agrícolas e florestais, obrigados a desmatar e limpar os seus terrenos, bem como a criar os tão importantes aceiros que impedem a propagação dos fogos a outras parcelas de terrenos;

• Empresas privadas e públicas, como sejam as Estradas de Portugal, a EDP, e REN e a CP, que terão que limpar bermas das estradas e as linhas à sua responsabilidade;

• Mas também e acima de tudo as Câmaras Municipais, responsáveis pela limpeza de vastas áreas de terrenos municipais situados, quer nos perímetros urbanos das povoações, quer nos caminhos e vias municipais. Neste ponto muito está ainda por fazer no Concelho de Vendas Novas onde basta passarmos pelo Parque Industrial para percebermos o perigo que correm algumas empresas, vizinhas de parcelas vazias e cheias de mato.

Fiscalização: A segunda fase da época e que contribuirá para punir todos os que desrespeitem o maior património natural de Portugal – a Floresta. A cargo das Forças de Segurança – GNR e PSP – a fiscalização encarregar-se-á de identificar e punir quem utilize negligentemente o fogo sem licenciamento e fora de época, quer quem não cuide de limpar em tempo as suas próprias propriedades. Após esta fase caberá à Câmara Municipal a cobrança das coimas respectivas (coisa que infelizmente poucas Câmaras fazem).

Combate: Por último, e tão calma quanto activas forem as duas fases anteriores, a fase de combate a incêndios florestais contará com o papel activo, empenhado e determinante dos nossos Bombeiros Voluntários, da nossa Força Especial de Bombeiros, bem como de todas as outras entidades com responsabilidades na matéria.

Para 2010, e apesar da crise económica que vivemos, o DCIF – Dispositivo de Combate a Incêndios Florestais – será igual ao de 2009 e o que todos esperamos é que seja pouco o trabalho e poucos os danos para os nossos “Soldados da Paz” e para o património natural do nosso país, já tão destruído em anos anteriores de má memória.

Assim, deixo 3 conselhos úteis a qualquer cidadão, com vista a tornar menos danosa a época de incêndios que se avizinha:

• Efectue os trabalhos de limpeza nos seus terrenos até ao final do mês de Junho;

• Não faça queimadas sem estarem licenciadas pela nossa Câmara Municipal, lembrando-se que após o dia 1 de Julho são PROIBIDAS;

• Mantenha-se vigilante e caso aviste uma coluna de fumo que lhe pareça suspeita ligue 117 para alertar as entidades competentes.

Modernização da Linha do Alentejo

Nas últimas semanas, no concelho de Vendas Novas e noutros por este Alentejo fora, um dos temas mais badalados foi a grande obra de Modernização da Linha do Alentejo.
De facto, este pequeno passo no rumo da modernização, do desenvolvimento e do progresso não nos pode deixar alheios. Da minha parte gostaria de poder partilhar convosco 2 visões impossíveis de separar e nos devem fazer pensar em todos os projectos modernizadores que ao longo das décadas grandes impactos produziram no modo como vivemos.
Assim:

1. A Modernização: de facto a Linha do Alentejo que liga Lisboa a Beja, existe há anos demais para que possamos pensar viver sem ela e, preso a este facto estão dezenas ou centenas de vidas de pessoas que sempre a utilizaram para as suas deslocações profissionais, de lazer ou simplesmente para tratar de certos assuntos na nossa Capital.
É um facto que sempre assim foi e que ainda hoje assim é. Mas é também um facto que da antiga automotora até aos modernos comboios muito foi o progresso, bem como as suas mais-valias nas nossas vidas.
Basta pensarmos que com a obra que agora se iniciou poderemos utilizar comboios mais rápidos para as nossas deslocações; poderemos ligar o Porto de Sines (importante ponto de desenvolvimento económico do nosso País e principal porta de entrada de bens por via marítima na Europa) a Espanha.
Assim, e a título ilustrativo, uma empresa conseguirá colocar um contentor de mercadorias em Madrid por apenas 100€ quando agora o faz por 270€. Além deste facto, conseguirá o nosso País reduzir as emissões de CO2 e aumentar a eficiência de um transporte que foi o grande meio de ligação do Alentejo ao resto do País e à Europa.


2. Por outro lado, não fico, nem ninguém pode ficar indiferente e muito menos sensibilizado com os impacto que as obras tão necessárias na Linha vão trazer para dezenas de cidadãos do nosso concelho.
Acredito que como pessoas inteligentes que somos chegaremos a um consenso que seja, de facto, melhor para todos. Acredito nisto sobretudo depois das palavras do Secretário de Estado dos Transportes, presente em Vendas Novas para a inauguração das obras, em que disse perante empresas, instituições, comissões de utentes e órgãos de comunicação social que haveria abertura da CP para negociar os transportes alternativos que, para muitos, são o único meio de poderem ir trabalhar e ganhar a vida.
Acredito e desde já proponho uma melhor alternativa, no meu ponto de vista, enquanto antigo utilizador da linha – nos meus tempos de estudante – e depois de falar com alguns dos actuais utilizadores: porque não coloca a CP os serviços de autocarros a percorrer a distância de Vendas Novas a Bombel e não utiliza os tão desejados Intercidades a partir desse apeadeiro até à nossa Capital?
Sendo apenas uma proposta, que me parece que poderia vir a encurtar o tempo, e o custo, da viagem, desafio os membros da Comissão de Utentes a apresentá-la à empresa (caso entenda que será uma melhor alternativa).

Perante a exposição e a análise que faço fica claro o seguinte: Não podemos, quão “Velhos do Restelo” (usando a figura camoniana) estar contra a modernização, devendo contudo exigir respeito e cuidado para que os seus impactos sejam mínimos nas nossas vidas.

25 de Abril – 36 anos depois

No momento em que cada Homem nasce que inicia-se a escrita da sua história. Alguns nascem para serem descritos como heróis, daqueles que fazem acontecer grandes mudanças na Humanidade e na sua Sociedade. Heróis capazes de fazer sonhar qualquer jovem. Por outro lado, outros nascem para serem operários, agricultores, militares, gestores ou pedreiros.
Nenhum deixa de ser importante na História de um povo, e cada um desempenha um papel principal naquela que é a sua história pessoal.
A 25 de Abril de 1974, muitos dos segundos tornaram-se heróis na sua e na nossa História. Essa é, aliás, uma das principais características do nosso Abril: além dos militares, foi a força, a vontade e a coragem de todo um povo que garantiram o fim de um regime ditatorial e o nascimento de uma democracia cultivadora de Liberdades e de mais Igualdade entre os Homens.
Há 36 anos, a queda do Estado Novo abriu o caminho da esperança em todos os portugueses. Esperança fundamentada nos valores que se defendiam e na certeza que o nosso país não voltaria a ser o mesmo.
Entre os heróis lembrados de Abril estão alguns dos nossos ilustres vendasnovenses que merecem hoje, e sempre, o nosso reconhecimento. Cidadãos da nossa terra que, pelas suas acções, marcaram, muitos anonimamente, a nossa Revolução e que merecem mais respeito que aquele que por cá lhes temos dado.
Por vezes, é quase irónico, sobretudo para os mais jovens, ouvir alguns dirigentes políticos falar do 25 de Abril como que “donos” desse movimento. Nada há de mais errado que tentar subjugar um movimento de libertação popular.
O 25 de Abril de 1974 foi um dia que poucos esqueceram e que muitos recordarão. Um dia do povo para o povo e não do povo para alguns. Com ele vieram liberdades, vieram convicções, vieram sonhos e possibilidades.
No momento em que celebramos 36 anos de Liberdade, tentemos lembrar-nos daqueles que o tornaram possível. Heróis de ocasião, mas simultaneamente heróis de eternidade. E sobretudo, não deixemos que nos “tomem” o 25 de Abril, pois todos vivemos, dia após dia, nos seus valores.

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
(…)

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre, Tova do Vento que Passa

Iniciativa Emprego 2010

Nos difíceis dias que vivemos, uma das principais preocupações da nossa Sociedade é, sem sombra de dúvida, o Desemprego.

Na verdade, fruto de uma crise Económica mundial, a que se seguiu uma crise Social demasiado feroz e de que poucos terão memória, Portugal, em linha com os demais países europeus, vive hoje um momento complicado no que diz respeito a um dos direitos fundamentais de todos os Homens – o Emprego.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), só no decorrer do próximo ano se conseguirá inverter a tendência de subida do desemprego, que já durante o ano de 2010 começará a estagnar.

Em Portugal, a Taxa de Desemprego chegou ao recorde histórico de 10%, tal como na França, mas é na nossa vizinha Espanha que este número é maior, atingindo já 19% da população. Infelizmente este é o espelho do nosso mundo de hoje.

No entanto, a postura dos demais governos não pode ser pessimista ou mesmo de resignação, devendo cada um dos responsáveis políticos dos mais variados países europeus tomar medidas que ajudem à criação de riqueza e ao fomento da nossa economia cada vez mais globalizada, ajudando por arrasto ao aumento da criação do número de empregos.

É neste sentido que louvo as medidas já aprovadas pelo Governo Português que, sabendo da difícil situação em que se encontram tantos portugueses e sobretudo tantos jovens do nosso país, não cruzou os braços e avançou com um pacote de medidas que, a serem aplicadas com eficácia trarão aos nossos concidadãos um futuro um pouco melhor.

A Iniciativa Emprego 2010, um programa de 17 medidas (num total orçamentado de 400 milhões de euros), que entrou em vigor no passado dia 20 de Janeiro, e que foi apresentado em Évora no passado dia 12 de Abril pelo Secretário de Estado da Segurança Social, Dr. Pedro Marques, procura dar apoio à criação de emprego, nomeadamente nas IPSS e autarquias, abrangendo mais de 700 mil pessoas.

De entre estas medidas apresentadas, permitam-me que dê particular ênfase àquelas que se destinam aos cidadãos mais jovens. Para os jovens licenciados foram criados cerca de 5000 estágios na função pública, bem como outras medidas de apoio à contratação dos jovens que já concluíram os estágios profissionais.

Saliento estas medidas pela preocupante subida da taxa de desemprego entre os jovens licenciados do nosso país e destaco esta medida sobretudo porque vem ao encontro das suas preocupações quotidianas.

Fico, no entanto, a aguardar que muitos destes jovens se vejam, cumprido o estágio, integrados nas instituições onde exerceram funções, contribuindo, deste modo, para o rejuvenescimento destas mesmas instituições e aproveitando o que de melhor podem dar ao nosso país.

Por último, saliento que a pior face do desemprego não se manifesta nos números ou percentagens que tantas vezes vemos espelhadas na imprensa. No seu lado mais negro e na maioria das vezes totalmente oculto estão os problemas pessoais, de gestão financeira familiar, de auto-estima e desmotivação profissional que, com pequenos apoios, podem ser resolvidos.

Amigo Aldino

Há exemplos de vida que tomamos e que marcam a nossa existência e nos ajudam a construir aquilo que somos. O Sr. Aldino é um desses exemplos.

Quando soube do seu falecimento havia já entregue o artigo do número passado da Gazeta, mas sinto, perante a perda que sofremos, que era justo e inteiramente merecido dedicar algumas palavras a um dos homens que contribuiu positivamente para a construção da pessoa que hoje sou.

Amigo Aldino, terei saudades das nossas pescarias e da paciência que empenhava enquanto se debatia com cada uma das carpas que apanhava. Terei saudades das conversas que dedicava aos “putos”, a quem ensinava técnicas de pesca que eram autênticas lições de vida.

Além de mim, Vendas Novas terá saudades da dedicação que sempre votou ao concelho que sempre soube defender.

Presto-lhe hoje sentida homenagem com estas parcas palavras. Parcas, sobretudo, na comparação com o enorme exemplo de vida que soube ser.

Era para mim um grande prazer quando, mais recentemente, nos cruzávamos, nas suas caminhadas de Domingo, enquanto passeava em direcção ao seu Estrela e dedicava 10 a 15 minutos para mais algumas lições a fixar. Gostava ainda de o ler nas páginas do nosso jornal, sobretudo pela sua crítica positiva, e sempre construtiva, com que abordava o desporto na nossa terra.

Obrigado, amigo Aldino, pelo exemplo que marcou a minha adolescência e juventude e pelos grandes valores que me passou na dedicação a Vendas Novas.

São exemplos destes que não partirão nunca do ser deste jovem aprendiz e que para sempre permanecerão na minha memória. Obrigado por tudo o que me “ensinou”.

À sua família, e sobretudo ao meu amigo Ricardo os meus mais sentidos pêsames por esta perda que nos veio empobrecer a todos.

Até sempre amigo Aldino.

Março – Mês da Juventude

Comemora-se por todo o país no presente mês de Março o Mês da Juventude. Por todo o lado – autarquias, associações, instituições públicas e/ou privadas, religiosas e políticas, etc. - todos procuram, ao seu modo e consoante as suas possibilidades, celebrar a Juventude e os jovens. Também em Vendas Novas, na semana que decorre entre 24 e 31 de Março, o nosso município, ao seu jeito, assinala este momento.

No entanto, e à margem das comemorações:

• Será que sabemos o que é ser jovem nos dias de hoje?

• Será que já parámos para reflectir que a juventude dos nossos dias é bem diferente da Juventude que viveram os nossos pais?

• Será que percebemos que os desafios globalizantes de hoje nos obrigam a abordagens, também elas diferentes, na preparação das iniciativas e políticas, que desenvolvemos para os jovens?

• Será que basta criar “Gabinetes de Juventude” como o fizeram muitas Câmaras Municipais para servir bem os nossos jovens?

• Será que bastam as festas culturais com momentos musicais e um programa de eventos desportivos para celebrar a Juventude?

Laconicamente: Não!

É fundamental que, nos dias que vivemos, percebamos aquilo que sentem os jovens em relação a temas tão banais como: a educação e/ou formação profissional; o emprego; a habitação; o desporto. No entanto, há outros aspectos em que, de uma vez por todas, temos de OUVIR os jovens: as suas perspectivas de futuro; o que mais gostam de fazer; que visão têm do seu concelho; onde ocupam o seu tempo…

Poderíamos continuar com uma lista infindável de tópicos que devem merecer a atenção de todos nós para, de uma vez por todas analisarmos o que estamos a fazer pela juventude.

Definitivamente:

• Urge criar o Conselho Municipal de Vendas Novas.

• É imperioso criar um mecanismo que possibilite às entidades que trabalham com jovens darem a visão que deles recolhem sobre as políticas que têm e que terão impacto directo nas suas vidas presentes e futuras.

• É fundamental apoiar efectivamente os jovens a criar mais estruturas de juventude no Concelho, como as Associações de Estudantes na Escola Secundária e no Agrupamento Vertical de Escolas.

• Urge cada vez mais apoiar as associações que já desenvolvem trabalho com e para os jovens como a o Centro Juvenil Salesiano, a Associação de Jovens da Landeira e a Bússola – Associação de Desenvolvimento Local de Vendas Novas.

• Acima de tudo, urge ter boa vontade e não ter medo das opiniões dos jovens, da mesma forma que é fundamental desprendermo-nos das amarras legais que têm servido de motivo para não criar este tão importante mecanismo de aproximação aos jovens de Vendas Novas e abordar as temáticas da Juventude como quem trabalha os pilares basilares das sociedades futuras.