sexta-feira, 10 de setembro de 2010

7 de Setembro de 1962

Assinalou-se na passada terça feira, o 48º aniversário da passagem de Vendas Novas a Concelho, 48 anos depois.

De facto, esta é uma das datas mais importantes da vida da nossa terra, apenas comparável com a fundação das “Vendas Novas” de apoio à Mala Posta, por ordem de D. João III.

Com todo o simbolismo que acompanha a passagem de Vendas Novas à categoria de “Concelho” (a autonomia face ao Concelho de Montemor-o-Novo, do qual éramos uma das freguesias mais promissoras, mas também a consolidação territorial e a possibilidade de governação dos destinos de todos os vendasnovenses), é no entanto salutar, senão mesmo tão importante como a data, a memória dos obreiros responsáveis pela efeméride.

Neste dia devem passar-nos pela memória o esforço e o empenho de todos os que contribuíram para a nossa autonomia. Entre eles, e sem demérito para os restantes, penso que deve ser recordado, valorizado e reconhecido o nome do Dr. José Manuel Ennes Ferreira, defensor do concelho e primeiro presidente de Câmara de Vendas Novas.

Independentemente do momento histórico-político em que ocorreu, mas também das ideologias de quem se empenhou neste projecto, julgo ser ainda hoje pertinente reconhecer o legado que nos deixaram e no qual se funda aquilo que hoje somos enquanto comunidade.

Talvez, nos dias de hoje, muitos destes homens do 7 de Setembro se sentissem desiludidos com o caminho que seguimos em tempos de democracia. Talvez reconhecessem muitas oportunidades perdidas para tornarmos o Concelho de Vendas Novas mais próspero e próximo dos cidadãos.

Na verdade, talvez sentissem que falta aos actuais governantes de Vendas Novas a dedicação à terra que eles próprios provaram ter.

Caberá às futuras gerações recriar o sentido de pertença à nossa terra e empenhar-se na construção de um concelho com identidade, oportunidades e que deixe a sua marca positiva no panorama regional e nacional.

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