segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Época dos Incêndios está a chegar

Todos os anos por alturas de Maio e Junho há uma temática que preocupa grande parte da população portuguesa, desde os produtores florestais aos Bombeiros Voluntários, das Câmaras Municipais ao Governo Português, e que deve, pela sua especificidade, ser encarada com precaução e muita seriedade – os Incêndios Florestais.
Não é a primeira vez que escrevo sobre o tema e, não será certamente a última, uma vez que considero que pelo esforço e dedicação de tantos homens e mulheres, pelos danos materiais e infelizmente também humanos que provocam, os incêndios devem ser tidos em linha de conta e a preparação das épocas mais criticas bem programada.
Neste sentido, e dado que no passado Domingo entrámos na chamada Fase Bravo (a primeira da época, em que se exige um reforço do Dispositivo anual de Combate a Incêndios Florestais), penso que tenho o dever de alertar toda os vendasnovenses e todos os leitores desta coluna para a difícil época de combate a incêndios que se aproxima e que todas as previsões apontam como uma das mais perigosas dos últimos anos.
Para percebermos o aumento do risco tenhamos em consideração os seguintes factores:
1.      Pluviosidade – tal como em 2010 este foi um dos Invernos em que se registou uma das maiores pluviosidades de que há memória;
2.      Crescimento de herbáceas – com a chuva, a tendência de crescimento de algumas espécies de ervas foi por demais evidente e bastar-nos-á percorrer alguns caminhos de Vendas Novas para o percebermos;
3.      Súbito aumento de temperaturas – com o aumento súbito das temperaturas (que já registamos) é muito natural que todas essas ervas sequem e que a sua disponibilidade para a combustão aumente, aumentando também o risco de ocorrência de incêndios florestais e agrícolas.
Assim, é facilmente perceptível que a conduta e a prevenção destes incêndios terá também que ser tida em conta e, desta forma, existem alguns trabalhos que não se dispensam no actual momento:
·        Os proprietários agrícolas e florestais, as empresas privadas e públicas, como sejam as Estradas de Portugal, a EDP, e REN e a CP, que são por lei obrigados a desmatar e limpar os seus terrenos, bem como a criar os tão importantes aceiros que impedem a propagação dos fogos a outras parcelas de terrenos, devem, caso ainda não o tenham feito, iniciar desde já os trabalhos que permitirão uma mais fácil actuação de Bombeiros e restantes entidades, em caso de incêndio;
·        Mas também, e acima de tudo, as Câmaras Municipais, responsáveis pela limpeza de vastas áreas de terrenos municipais situados, quer nos perímetros urbanos das povoações, quer nos caminhos e vias municipais, devem desde já actuar no sentido de se precaverem e de protegerem desde já os seus bens patrimoniais e as suas populações.
Neste sentido, deixo 3 conselhos úteis a qualquer cidadão, com vista a tornar menos danosa a época de incêndios que se avizinha:
·        Não atire beatas para o chão, sobretudo enquanto conduz;
·        Não faça queimadas sem estarem licenciadas pela nossa Câmara Municipal, lembrando-se que após o dia 1 de Julho são expressamente PROIBIDAS;
·        Não faça fogueiras que possam colocar em risco a nossa fauna e a nossa flora!
Lembre-se que não quererá ter na sua consciência o peso da destruição!
Ajude a contribuir para um Verão seguro nas nossas Florestas!

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