segunda-feira, 2 de maio de 2011

O Maior Bem

Nas últimas semanas um nome de uma criança tem sido notícia por Vendas Novas: a pequena Joana Martins. Uma vendasnovense de apenas 1 ano de idade a quem foi recentemente diagnosticada uma leucemia mieloblástica aguda, e tem a particularidade de ir transformando os glóbulos brancos em células cancerígenas.

Curioso acerca deste caso, que gerou uma importante onda positiva nas redes sociais, mas também nos cafés e locais de convívio entre os jovens, pensei que não poderia deixar de utilizar este espaço na Gazeta de Vendas Novas para tentar ajudar esta minha conterrânea, mas também os seus jovens pais e restantes familiares que vivem agora uma epopeia diária na busca de um dador de medula óssea compatível com a Joaninha.

Desde 2009 que estou inscrito como dador de medula óssea e apelo hoje a que o caro leitor também o faça. A inscrição consiste num procedimento simples que todos aqueles que possam devem fazer.

Assim, julgo importante esclarecer o leitor sobre as condições para se inscreverem como dador:

• Ter entre 18 e 45 anos;

• 50 kg de peso mínimo;

• Não ser portador de doenças crónicas ou auto-imunes;

• Não ter recebido transfusões de sangue desde 1980.

Para ajudarmos a que esta história tenha o melhor desfecho, cabe-nos acreditar e tentar todos ajudar a Joana, dentro das nossas possibilidades.

Uma coisa é certa: até ao momento em que escrevo, o grupo dos Amigos da Joana no Facebook tem já quase 3.000 membros e várias sessões de recolha de medula óssea foram já realizadas e agendadas.

Em Vendas Novas, haverá uma recolha no próximo Domingo, 6 de Março, entre as 9h e as 13h, na Sede da Associação dos Dadores Benévolos de Sangue, junto ao Largo dos Bombeiros Voluntários. A todos os vendasnovenses e leitores da minha crónica deixo o meu apelo pessoal: não deixem de olhar para esta menina como se fosse a vossa própria filha, a vossa irmã ou amiga. Com a maior urgência, inscrevam-se como dadores de medula e ajudem a salvar a Joana ou outras “Joanas” que possam estar a passar pelo mesmo.

Aqui fica o meu desejo de que, algures neste enorme “Banco de solidariedade” que estamos a criar, resida a cura que permitirá dar à Joaninha e aos seus familiares uma vida cheia de sorrisos e alegrias. No fundo, todos temos dentro de nós a possibilidade de partilhar com alguém (familiar, amigo, conhecido ou perfeito estranho), aquilo que é o nosso maior bem: a Vida.

Aos pais, avós e a todos os amigos da família da Joana uma palavra de solidariedade, de amizade e de coragem.

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