segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Londres 2012 – Voar sem asas!


Nota prévia: perdoem-me todos os que esperavam que escrevesse sobre a Missão Olímpica Portuguesa, que certamente também teria merecido aqui olhares positivos sob o mesmo título, no entanto, há hoje um olhar mais importante a destacar nestes Jogos Olímpicos, por tudo o que representa.

Oscar Leonard Carl Pistorius, assim se começou a representar graficamente o novo nome da coragem, da determinação e da força de vontade para vencer na vida.
4 de agosto de 2012 foi o momento em que se escreveu um dos mais bonitos capítulos na história no Desporto Mundial.
Oscar Pistorius nasceu em Pretória, na África do Sul, a 22 de novembro de 1986 e, fruto de uma malformação congénita, e com apenas 11 meses de idade, acaba por ter de ser amputado de ambas as pernas. A partir deste dia a vida de Pistorius mudaria definitivamente. Nunca mais seria o mesmo e tinha que seguir em frente!
Com muita coragem, muita determinação e uma dedicação inigualável assim fez, e entregou a sua vida ao desporto, fazendo aquilo que mais gostava – correr!
Também conhecido como “Blade Runner”, o atleta esteve durante anos afastado das olimpíadas, por determinação do Comité Olímpico Internacional, que considerava demasiado vantajoso o atleta poder utilizar as duas lâminas de carbono que substituem os seus pés.
Após anos de lutas em tribunal e de várias vitórias nos Jogos Paralímpicos, finalmente o atleta vê o Tribunal Arbitral do Desporto decidir a seu favor e, depois de uma participação em 2011 nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, no passado dia 4 de Agosto fez novamente história nos Jogos Olímpicos, ao ser o primeiro atleta sem as duas pernas a disputar os 400 metros.
Na sua série ficou mesmo em 2º lugar, acabando por se qualificar para as semifinais onde terminou em 16º lugar.
Assinalo pois a beleza deste marco histórico no Desporto Mundial e o magnifico valor deste exemplo para milhares de atletas por todo o mundo como um guia a seguir para vencer todas as adversidades.
Saliento mesmo que, mais do que os resultados, é pela sua garra, pela sua determinação e pelo seu trabalho contra o seu próprio corpo que Pistorius representa esse modelo a seguir.
No final do sonho, resta o exemplo para milhares de jovens por este mundo fora e um sorriso de quem, sem asas, conseguiu voar!

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