Nota
prévia: perdoem-me todos os que esperavam que escrevesse sobre a
Missão Olímpica Portuguesa, que certamente também teria merecido aqui olhares
positivos sob o mesmo título, no entanto, há hoje um olhar mais importante a
destacar nestes Jogos Olímpicos, por tudo o que representa.
Oscar Leonard Carl Pistorius, assim se começou a representar graficamente o novo nome
da coragem, da determinação e da força de vontade para vencer na vida.
4 de agosto de 2012 foi o momento em que se escreveu um dos mais bonitos capítulos
na história no Desporto Mundial.
Oscar Pistorius nasceu em Pretória, na África do Sul, a 22 de novembro
de 1986 e, fruto de uma malformação congénita, e com apenas 11 meses de idade,
acaba por ter de ser amputado de ambas as pernas. A partir deste dia a vida de
Pistorius mudaria definitivamente. Nunca mais seria o mesmo e tinha que seguir
em frente!
Com muita coragem, muita determinação e uma dedicação
inigualável assim fez, e entregou a sua vida ao desporto, fazendo aquilo que
mais gostava – correr!
Também conhecido como “Blade Runner”, o atleta esteve durante
anos afastado das olimpíadas, por determinação do Comité Olímpico
Internacional, que considerava demasiado vantajoso o atleta poder utilizar as
duas lâminas de carbono que substituem os seus pés.
Após anos de lutas em
tribunal e de várias vitórias nos Jogos Paralímpicos, finalmente o atleta vê o
Tribunal Arbitral do Desporto decidir a seu favor e, depois de uma participação
em 2011 nos Campeonatos Mundiais de Atletismo, no passado dia 4 de Agosto fez novamente
história nos Jogos Olímpicos, ao ser o primeiro atleta sem as duas pernas a
disputar os 400 metros.
Na sua série ficou mesmo em
2º lugar, acabando por se qualificar para as semifinais onde terminou em 16º
lugar.
Assinalo pois a beleza deste
marco histórico no Desporto Mundial e o magnifico valor deste exemplo para
milhares de atletas por todo o mundo como um guia a seguir para vencer todas as
adversidades.
Saliento mesmo que, mais do
que os resultados, é pela sua garra, pela sua determinação e pelo seu trabalho
contra o seu próprio corpo que Pistorius representa esse modelo a seguir.
No
final do sonho, resta o exemplo para milhares de jovens por este mundo fora e
um sorriso de quem, sem asas, conseguiu
voar!
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