sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Alguém que nos puxe para cima…

Foi recentemente notícia a intervenção do Sr. Presidente da República Portuguesa em que indicava que o país se encontra “numa situação económica insustentável” e em que traçou um cenário negro para o nosso país.

Outra notícia relacionada com o nosso Presidente deu-nos conta da sua ausência do funeral do único Nobel da Literatura Português, o escritor José Saramago, por se encontrar de férias com os seus netos.

Nestas 2 situações sai o Presidente Cavaco mal na fotografia:

1. Num momento em que todos os mercados, sobretudo os externos olham para Portugal com bastante desconfiança, como acontece aliás com a quase totalidade da economia europeia é impensável que um dos órgãos máximos da nossa soberania nos puxe ainda mais para baixo.

De facto, e na minha opinião, o que necessitamos é de pessoas que nos puxem para cima e que, de facto, acreditem no nosso país, sendo de uma inutilidade total as intervenções “banais” (permitam-me citar Saramago acerca do nosso Presidente) sobre a nossa economia.

De que servem as intervenções alarmistas do Presidente Português? Que investimentos cativam este tipo de comentários? Quantos empregos criam? No fundo, em que medida estamos a ajudar o nosso país puxando-o ainda mais para baixo?

2. Em relação a Saramago. Pode o Sr. Presidente não gostar do homem, pode eventualmente nem gostar da sua escrita. O que não pode é ignorar uma das maiores figuras da Literatura Portuguesa.

Não podemos esquecer que Saramago morreu, mas que a sua obra permanecerá para sempre na História Literária do nosso povo.

Não comparecer ao seu funeral foi uma tremenda falta de respeito para com a sua pessoa, mas sobretudo para com o povo português. Será que as suas férias valem mais que um Nobel?

Acredito que o nosso país terá garra para sair desta crise, tal como acredito que Saramago, com tudo o que tinha de bom e de mau nunca será esquecido pelos portugueses.

Acredito que o tempo nos permitirá avaliarmos as acções de todos os mais altos cargos da nossa nação e que, se a ética não nos permitir distinguir entre o bem e o mal, o Povo, no momento da sua escolha livre e democrática, o saberá fazer.

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