sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Iniciativa Emprego 2010

Nos difíceis dias que vivemos, uma das principais preocupações da nossa Sociedade é, sem sombra de dúvida, o Desemprego.

Na verdade, fruto de uma crise Económica mundial, a que se seguiu uma crise Social demasiado feroz e de que poucos terão memória, Portugal, em linha com os demais países europeus, vive hoje um momento complicado no que diz respeito a um dos direitos fundamentais de todos os Homens – o Emprego.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), só no decorrer do próximo ano se conseguirá inverter a tendência de subida do desemprego, que já durante o ano de 2010 começará a estagnar.

Em Portugal, a Taxa de Desemprego chegou ao recorde histórico de 10%, tal como na França, mas é na nossa vizinha Espanha que este número é maior, atingindo já 19% da população. Infelizmente este é o espelho do nosso mundo de hoje.

No entanto, a postura dos demais governos não pode ser pessimista ou mesmo de resignação, devendo cada um dos responsáveis políticos dos mais variados países europeus tomar medidas que ajudem à criação de riqueza e ao fomento da nossa economia cada vez mais globalizada, ajudando por arrasto ao aumento da criação do número de empregos.

É neste sentido que louvo as medidas já aprovadas pelo Governo Português que, sabendo da difícil situação em que se encontram tantos portugueses e sobretudo tantos jovens do nosso país, não cruzou os braços e avançou com um pacote de medidas que, a serem aplicadas com eficácia trarão aos nossos concidadãos um futuro um pouco melhor.

A Iniciativa Emprego 2010, um programa de 17 medidas (num total orçamentado de 400 milhões de euros), que entrou em vigor no passado dia 20 de Janeiro, e que foi apresentado em Évora no passado dia 12 de Abril pelo Secretário de Estado da Segurança Social, Dr. Pedro Marques, procura dar apoio à criação de emprego, nomeadamente nas IPSS e autarquias, abrangendo mais de 700 mil pessoas.

De entre estas medidas apresentadas, permitam-me que dê particular ênfase àquelas que se destinam aos cidadãos mais jovens. Para os jovens licenciados foram criados cerca de 5000 estágios na função pública, bem como outras medidas de apoio à contratação dos jovens que já concluíram os estágios profissionais.

Saliento estas medidas pela preocupante subida da taxa de desemprego entre os jovens licenciados do nosso país e destaco esta medida sobretudo porque vem ao encontro das suas preocupações quotidianas.

Fico, no entanto, a aguardar que muitos destes jovens se vejam, cumprido o estágio, integrados nas instituições onde exerceram funções, contribuindo, deste modo, para o rejuvenescimento destas mesmas instituições e aproveitando o que de melhor podem dar ao nosso país.

Por último, saliento que a pior face do desemprego não se manifesta nos números ou percentagens que tantas vezes vemos espelhadas na imprensa. No seu lado mais negro e na maioria das vezes totalmente oculto estão os problemas pessoais, de gestão financeira familiar, de auto-estima e desmotivação profissional que, com pequenos apoios, podem ser resolvidos.

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